A decisão do jornal de se abster de apoiar candidatos presidenciais representa, segundo seu diretor-geral, William Lewis, um retorno às raízes da publicação. Lewis enfatizou que o papel do Washington Post é fornecer notícias imparciais e pontos de vista variados para seus leitores, incentivando a reflexão e a formação de opinião. No entanto, o sindicato de jornalistas do veículo manifestou preocupação com a escolha, ressaltando que um editorial de apoio à candidata Kamala Harris estava pronto para publicação.
Desde 2008, o jornal havia apoiado candidatos democratas em diversas eleições presidenciais, mas agora adota uma postura de neutralidade que divide opiniões dentro da redação e entre os leitores. A proximidade das eleições, a apenas 11 dias do pleito, torna ainda mais controversa a decisão do Washington Post, que enfrenta críticas pela falta de posicionamento em um momento crucial da história política dos Estados Unidos.
A repercussão negativa da escolha de não apoiar candidatos se reflete nas mais de 200 mil assinaturas perdidas pelo jornal, demonstrando o impacto direto que essa decisão pode ter em sua relevância e alcance no cenário midiático. A incerteza sobre os rumos do Washington Post em relação a futuras eleições permanece, alimentando debates sobre a postura editorial e o papel da imprensa em momentos de intensa polarização política.