A Slim representa a primeira tentativa estatal japonesa de conduzir uma alunissagem, anos depois da missão orbital bem-sucedida de mapeamento lunar com a espaçonave Selene, também chamada de Kaguya. No entanto, esta não é a primeira tentativa dos japoneses de pousar um artefato na Lua. No ano passado, a empresa ispace falhou em sua tentativa de chegar à superfície lunar com seu módulo Hakuto-R.
A Jaxa espera ter mais sorte com a Slim, demonstrando não apenas a capacidade de descer à superfície, mas também fazê-lo com um nível de precisão jamais atingido antes. A sonda, que possui 590 kg, foi lançada ao espaço em setembro de 2023 e entrou em órbita da Lua em dezembro do mesmo ano. Agora, a sonda se estabilizou a cerca de 600 km da superfície lunar e se prepara para iniciar seu procedimento de descida para a cratera Shioli.
Além disso, a Slim pretende elevar o nível de precisão do pouso, chegando a menos de 100 metros de um alvo designado. A tecnologia de pouso preciso será essencial para atingir locais de difícil acesso onde exista grande interesse científico ou se possa explorar recursos naturais, como gelo de água.
Após a Slim concluir seu procedimento de descida, ela deve liberar dois pequenos rovers na superfície lunar. A Jaxa espera que, caso tenha sucesso nessa manobra, a Slim se equipare à agência espacial indiana, Isro, que encantou o mundo com seu primeiro pouso lunar em agosto do ano passado. Além disso, outras agências espaciais, como a empresa americana Intuitive Machines e a China, estão se preparando para suas próprias missões lunares, demonstrando o crescente interesse na exploração espacial.
Portanto, a missão da Jaxa com a sonda Slim representa um importante avanço na exploração lunar e no desenvolvimento de tecnologias de alunissagem de precisão, abrindo caminho para futuras pesquisas e exploração na Lua.
