A Agência Meteorológica do Japão havia emitido o alerta na semana passada, após um terremoto de magnitude 7.1 no sul do país que deixou 15 feridos. O alerta levou ao cancelamento de milhares de reservas turísticas e à corrida aos supermercados para estocar alimentos. O primeiro-ministro Fumio Kishida chegou a cancelar uma viagem planejada para a Ásia Central para lidar com a situação.
A agência meteorológica explicou que embora a probabilidade de um novo tremor seja maior do que o normal, não há certeza de que ele ocorrerá. O alerta estava centrado na fossa submarina de Nankai, no oceano Pacífico, onde ocorreram terremotos de magnitude superior a 8 no passado. Esta fossa se estende ao longo da costa do Japão, incluindo a região de Tóquio, uma das maiores áreas urbanas do mundo.
O governo japonês estima que há 70% de chances de ocorrer um grande terremoto nos próximos 30 anos, capaz de causar a morte de cerca de 300 mil pessoas. O país já enfrentou um terremoto de magnitude 9 em 2011, na região de Tohoku, que desencadeou um tsunami e o acidente nuclear de Fukushima, resultando em cerca de 20 mil mortes ou desaparecidos. Este histórico faz com que a população japonesa permaneça em alerta constante para futuros eventos sísmicos.
Apesar da suspensão do alerta, a população japonesa continua convivendo com o risco iminente de um megaterremoto e está ciente da importância de se manter preparada e vigilante em face dessa ameaça recorrente.