De acordo com Mihara, que havia acabado de dar presentes de Ano-Novo aos netos e tirado uma soneca tranquila, o tremor o deixou “totalmente desamparado”. Mesmo assim, ele se considera sortudo por não ter sofrido nenhum ferimento e por ter sua casa de pé e com eletricidade. No entanto, o morador de Shika aponta que a falta de água corrente é o principal problema enfrentado na região.
Muitos outros residentes da península de Noto não tiveram a mesma sorte que Mihara, com muitos edifícios e casas desabando devido aos tremores. A situação se agrava ainda mais com as estradas fissuradas ou bloqueadas pelos desabamentos, o que dificulta a chegada dos socorristas ao norte da península. Apesar disso, operários já estão trabalhando para vedar as fissuras e facilitar o acesso aos veículos dos bombeiros, Exército e polícia.
O governo japonês mobilizou mil militares para a região, com outros 8.500 preparados para serem enviados, e utilizou 20 aviões militares para avaliar os danos causados pelos terremotos. O ministro da Defesa, Minoru Kihara, informou sobre os esforços em andamento e garantiu que as autoridades estão fazendo o possível para contornar a situação.
O total de 155 tremores foi registrado entre a tarde de segunda-feira e a manhã de terça-feira, com magnitude de 7,6 segundo a agência meteorológica japonesa JMA. Apesar dos danos materiais, a reação imediata das autoridades e dos residentes deixam uma sensação de esperança para a recuperação da região. A solidariedade e união em momentos de crise é sempre um ponto positivo a ser destacado.