Até o momento, aproximadamente 300 mil moradores de Gaza já se deslocaram para Al-Mawasi, em busca de segurança diante da iminente ofensiva israelense. O governo de Binyamin Netanyahu justifica a ação como parte dos esforços para eliminar milhares de combatentes do Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, que estariam misturados à população de Rafah.
A situação na região se agrava com o êxodo de milhares de palestinos que fogem da cidade na fronteira com o Egito diariamente. Segundo relatos de altos funcionários da ONU, mais de 110 mil pessoas já deixaram Rafah em busca de refúgio em outras áreas do território palestino.
Na sexta-feira (10), tanques israelenses capturaram a principal estrada que divide Rafah, provocando a suspensão parcial da ajuda militar dos Estados Unidos a Israel. O presidente Joe Biden interrompeu o envio de armas para o país aliado para evitar que equipamentos americanos fossem utilizados no ataque à cidade.
Enquanto a Casa Branca demonstra preocupação com as operações israelenses, a agência de notícias palestina Wafa relata que 24 palestinos foram mortos durante a noite em ataques aéreos israelenses em Gaza. A contagem de óbitos desde o início da ofensiva militar israelense na região já chega a 34.971, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
A intensificação dos conflitos na região tem causado devastação e uma grave crise humanitária, levando a uma fome generalizada. A comunidade internacional acompanha com preocupação os desdobramentos do confronto entre Israel e o Hamas, que parece estar longe de uma solução pacífica.