Irregularidades trabalhistas na 35ª Bienal de São Paulo expõem falta de políticas de inclusão e segurança para os trabalhadores.

Durante uma recente fiscalização, foram encontradas diversas irregularidades trabalhistas na 35ª Bienal de São Paulo. Um auditor fiscal do trabalho afirmou que as práticas encontradas não condizem com a suposta política de inclusão promovida pelo evento.

Entre as irregularidades destacadas estão a ausência de mecanismos adequados para prevenir o assédio sexual e outras violências no ambiente de trabalho, em desacordo com as normas de segurança vigentes. Além disso, cerca de 84 trabalhadores terceirizados, responsáveis pela segurança e limpeza do pavilhão da Bienal, estavam atuando sem registro, alguns sequer possuíam atestado de saúde ocupacional.

A jornada de trabalho desses funcionários também chamou a atenção dos fiscais, com registros de jornadas superiores a 12 horas diárias e ausência de descanso semanal. Um dos auditores relata ter encontrado uma folha de ponto fraudada durante a inspeção.

Segundo os auditores fiscais do trabalho, a Bienal é responsável por garantir a saúde e segurança dos trabalhadores, mesmo que opte pela terceirização dos serviços. No entanto, a organização não teria cumprido com sua responsabilidade nesse sentido.

O relatório da fiscalização apontou ainda um passivo trabalhista relacionado a horas extras não pagas e impostos não recolhidos. A utilização de mecanismos de renúncia fiscal pela Bienal foi criticada, sendo vista como uma forma de alimentar a economia informal e contribuir para o assédio e a violência no ambiente de trabalho, em contraponto à suposta prática de inclusão divulgada pelo evento.

As autoridades competentes estarão acompanhando de perto o desenrolar desse caso e tomando as medidas cabíveis para garantir a regularização das questões trabalhistas identificadas na Bienal de São Paulo.

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