Segundo a decisão judicial, ao não oferecer prazo suficiente para que as ofertas fossem readequadas à nova forma de precificação apresentada, a prefeitura pode ter diminuído o universo de licitantes e, consequentemente, não ter recebido as propostas mais vantajosas para os cofres públicos. Com mais de 60% das obras em estágio avançado e mais de 40 mil unidades na modalidade Aquisição previstas para entrega, a possível interrupção das obras e o ressarcimento das empreiteiras são questões que preocupam a administração municipal.
Em uma reunião convocada para discutir o assunto, secretários e outros membros da gestão Nunes argumentaram que a ação originalmente apresentada por um empresário perdeu seu objeto, uma vez que o objetivo era participar da licitação em janeiro do ano passado, o que já não é mais possível. Um recurso deve ser enviado à Justiça no início da próxima semana para contestar a decisão.
A incerteza em relação aos próximos passos do programa habitacional Pode Entrar e os possíveis impactos financeiros e políticos decorrentes da anulação das licitações têm gerado desconforto na gestão de Ricardo Nunes. A decisão da Justiça ainda é considerada imprevisível e pode trazer consequências significativas para a prefeitura e para a continuidade das obras em andamento.