As irmãs tiveram que enfrentar a forte competição da nadadora da casa, a francesa Assya Maurin Espiau, que foi incentivada pela torcida local durante toda a prova. A categoria SB14 é destinada a nadadores com deficiências intelectuais, que possuem um determinado nível de QI e pontuações de comportamento adaptativo.
Pela manhã, Débora havia sido nove décimos mais rápida que sua irmã Beatriz. Vale ressaltar que Beatriz já havia conquistado uma medalha de bronze no domingo, na equipe de revezamento 4x100m livre misto (S14).
Beatriz foi diagnosticada com deficiência intelectual aos 6 anos e começou a nadar como hobby, tornando-se uma competidora aos 12. Já Débora nasceu com deficiência intelectual moderada e iniciou na natação aos 14 anos. As irmãs vêm se destacando desde 2017 em competições internacionais, e em Tóquio, Beatriz conquistou o bronze nos 100m peito, enquanto Débora ficou em quarto lugar.
O feito das irmãs Carneiro lembra outra conquista significativa nos Jogos Paralímpicos, quando os irmãos franceses Alex Portal, de 22 anos, e Kylian Portal, de 17 anos, também subiram juntos ao pódio, com Alex conquistando a prata e Kylian o bronze na prova dos 400m livre, categoria S13.
A performance das irmãs Carneiro é um exemplo inspirador de superação e determinação, e certamente ficará marcada na história dos Jogos Paralímpicos de Paris.