Irã condena jornalistas por cobrirem protestos contra a morte de Mahsa Amini, gerando debates sobre liberdade de imprensa

No último sábado, o Irã condenou duas jornalistas por sua cobertura dos protestos contra a morte de Mahsa Amini. Aini e Rohan foram consideradas culpadas por “propaganda contra o sistema” e “perturbação da ordem pública”. Como resultado, as duas foram condenadas a cinco e três anos de prisão, respectivamente.

Os protestos em questão começaram no dia 20 de outubro, após a morte de Mahsa Amini, uma jovem de 19 anos que foi baleada durante uma manifestação. Aini e Rohan estavam cobrindo os protestos como repórteres independentes, documentando os acontecimentos e entrevistando manifestantes.

No entanto, as autoridades iranianas não receberam bem a cobertura imparcial das jornalistas. Em vez disso, consideraram que sua presença nos protestos era uma forma de propaganda contra o regime e uma tentativa de perturbar a ordem pública. Como resultado, as duas jornalistas foram presas.

Após serem julgadas, Aini e Rohan foram condenadas de acordo com os artigos 500 e 513 do código penal iraniano, que proíbem a disseminação de propaganda contra o sistema e perturbação da ordem pública. A pena de cinco anos para Aini e três anos para Rohan foi considerada desproporcional e uma violação da liberdade de imprensa no país.

Organizações internacionais de direitos humanos e de imprensa expressaram preocupação com a situação e exigiram a libertação imediata das duas jornalistas. Várias campanhas nas redes sociais também têm sido lançadas para aumentar a conscientização e destacar a injustiça do caso.

O Irã tem sido amplamente criticado por sua postura em relação à liberdade de imprensa e aos direitos humanos. Esta condenação de duas jornalistas independentes apenas reforça as preocupações sobre a repressão à liberdade de expressão no país.

As autoridades iranianas devem respeitar e proteger a liberdade de imprensa, bem como garantir um julgamento justo e imparcial para Aini e Rohan. A condenação dessas jornalistas é uma clara tentativa de silenciar a cobertura crítica e independente dos acontecimentos no país.

Essa situação também levanta questões sobre o papel da mídia independente no Irã e a importância de ter jornalistas corajosos dispostos a relatar a verdade, apesar das ameaças e perseguições.

À medida que a pressão internacional continua a aumentar, espera-se que o Irã reveja o caso e tome medidas para corrigir essa injustiça. A liberdade de imprensa é um pilar fundamental da democracia e é essencial para um verdadeiro progresso e desenvolvimento.

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