Repórter São Paulo – SP – Brasil

Investigadores suspeitam de ajuda externa na fuga de presos da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, motivando cerco policial em Baraúna.

Dois presos fogem de penitenciária federal em Mossoró, Rio Grande do Norte

Investigadores que apuram a fuga de dois presos da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, suspeitam que eles tenham recebido ajuda externa para deixar o local. A fuga dos detentos Rogério da Silva Mendonça, conhecido como Tatu, e Deibson Cabral Nascimento, chamado de Deisinho, foi seguida de um cerco realizado na cidade de Baraúna nesta quarta-feira (21).

Segundo as investigações, os fugitivos possuem ligação com a facção criminosa Comando Vermelho (CV), e o Navio Almirante Wandenkolk, que também realiza buscas na área, é uma das embarcações empregadas no local.

Após nove dias de buscas, as equipes de segurança trabalham em um raio de 15 km, com a participação integrada de forças federais e estaduais na operação. A busca por rogério da Silva Mendonça, conhecido como Tatu, e Deibson Cabral Nascimento, chamado de Deisinho, chegou ao nono dia nesta quinta-feira (22). Entre os desafios enfrentados pelos policiais estão as buscas em cavernas e matas, a presença de animais peçonhentos e as frequentes chuvas na região.

Cerca de 500 militares auxiliam nas buscas pelos foragidos, e o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, autorizou o emprego de mais 100 homens da Força Nacional nas buscas. Além disso, uma portaria publicada na quarta-feira (21) autorizou o uso da Força Penal Nacional na penitenciária federal em Mossoró, como parte das medidas para reforçar a segurança do local.

A investigação apontou que os fugitivos utilizaram uma barra de ferro retirada da própria cela para escavar um buraco na luminária, por onde conseguiram escapar. Após adentrarem em um shaft (espaço ao lado das celas destinado à manutenção do presídio), alcançaram o teto do sistema prisional, que não possuía grade, laje ou um sistema de proteção.

Ricardo Lewandowski também declarou que o presídio estava passando por uma reforma interna, o que possibilitou o acesso dos fugitivos a ferramentas e materiais de construção. Ainda segundo o ministro, as ferramentas não estavam devidamente acondicionadas no presídio.

Até o momento, uma pessoa foi encaminhada para prestar depoimento na Polícia Federal, mas não há detalhes sobre seu possível envolvimento na fuga dos detentos. A força-tarefa montada para capturar os fugitivos conta com o apoio de todas as instituições de segurança no estado e está empenhada em localizar e prender os foragidos.

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