Segundo os promotores responsáveis pelo caso, indícios apontam que propinas estavam sendo pagas para beneficiar determinadas empresas em contratos com prefeituras e câmaras municipais de diversas cidades da região. A facção criminosa conhecida como PCC estaria diretamente envolvida, utilizando “laranjas” para atuar como titulares de empresas suspeitas e interferir nas disputas por contratos públicos.
Os contratos sob investigação somam aproximadamente R$ 200 milhões em pelo menos 12 municípios, sendo que o advogado Márcio Zeca foi identificado como um dos envolvidos. Zeca, condenado por tráfico de drogas em um caso anterior, é defendido por Ferreira, que, segundo relatórios, estaria utilizando de seus conhecimentos jurídicos para favorecer o grupo criminoso nos processos licitatórios.
A juíza responsável pelo caso autorizou buscas nos endereços residenciais e comerciais do advogado, argumentando que as evidências até então coletadas indicam fortemente seu envolvimento nas atividades da associação criminosa investigada. Além disso, Ferreira já havia manifestado publicamente o interesse em concorrer como vice-prefeito na chapa de Pedro Ishi, indicado pelo atual prefeito Rodrigo Ashiuchi para as eleições municipais.
O caso continua em desenvolvimento, com as autoridades buscando mais informações e provas para aprofundar a investigação e desarticular o esquema de corrupção que envolve empresas, servidores públicos e integrantes do PCC. A sociedade aguarda por justiça e transparência, para que casos como esse não se repitam e a população possa confiar nas instituições responsáveis pela administração pública.
