Investigação da PF rastreia tentativas de venda de joias recebidas por Bolsonaro por ex-auxiliares em esquema suspeito nos EUA.

A investigação sobre joias não declaradas recebidas por Bolsonaro e seus ex-auxiliares ganhou novos capítulos. A Polícia Federal rastreou vendas de kits recebidos pelo presidente, incluindo um relógio Rolex e outro da marca Patek Philippe nos Estados Unidos. Segundo as investigações, Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, e seu pai, o general Mauro Lourena Cid, estiveram envolvidos nas tentativas de comercialização das joias em solo americano.

O escândalo veio à tona quando Frederick Wassef, advogado do presidente na época, recomprando o relógio nos EUA para devolvê-lo às autoridades brasileiras. Essa ação levantou suspeitas sobre o grupo, com a PF acreditando que a devolução dos produtos visava “escamotear” a venda das joias no exterior. Wassef negou participação na comercialização, mas não comentou sobre a recompra do relógio.

Além disso, a investigação apontou que a conta bancária do pai de Mauro Cid nos EUA foi utilizada no esquema. A suspeita é de que ele tenha sacado os recursos para entregar o dinheiro em espécie para Bolsonaro, aumentando a gravidade do caso.

Após o indiciamento, o advogado Fabio Wajngarten se manifestou, afirmando que não há provas contra ele. Ele argumentou que foi indiciado por ter orientado Bolsonaro a devolver as joias ao Tribunal de Contas da União, no cumprimento de suas prerrogativas como advogado. Wajngarten ressaltou que em toda a investigação não havia qualquer prova de envolvimento dele no esquema.

O caso das joias recebidas por Bolsonaro e a possível comercialização delas por seus ex-auxiliares continua sob investigação da Polícia Federal, com novos desdobramentos sendo aguardados pela opinião pública.

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