O juiz Antonio Maria Patiño Zorz acolheu o pedido do PSB, da candidata Tabata Amaral, e determinou a suspensão dos perfis em redes sociais utilizados por Marçal para a divulgação desses cortes pagos. Segundo o magistrado, há indícios de abuso econômico por parte do candidato, o que configura infrações eleitorais.
Em entrevista, Pablo Marçal negou as acusações de oferecer dinheiro a pessoas para cortarem suas entrevistas e compartilharem nas redes sociais. No entanto, a remuneração de seguidores em troca do envio de conteúdos pode caracterizar diversas infrações eleitorais, como abuso de poder econômico, propaganda irregular e caixa dois de campanha.
De acordo com os especialistas consultados, a concessão da liminar para suspensão dos perfis foi considerada equilibrada e bem fundamentada. A advogada Isabela Damasceno ressaltou a importância de verificar se houve prejuízo à igualdade de chances entre os candidatos, devido à vinculação indevida de pessoa jurídica à campanha eleitoral.
A decisão do juiz demonstra a preocupação em preservar a paridade da disputa eleitoral, evitando o uso indevido do poder econômico por parte dos candidatos. Agora, o processo deverá seguir com a busca e apresentação de provas pelas partes envolvidas, a fim de esclarecer os fatos e determinar as medidas cabíveis.
Em resumo, a candidatura de Pablo Marçal está sob escrutínio e sua continuidade na corrida pela prefeitura de São Paulo pode ser comprometida caso as acusações de abuso econômico sejam comprovadas. A justiça eleitoral seguirá investigando o caso para garantir a lisura e a transparência no processo eleitoral.