Neste contexto, a empresa First Capital, sediada em Londres, Reino Unido, está buscando captar US$ 2 bilhões para financiar 16 projetos no Brasil, nas áreas de energias renováveis, infraestrutura, real estate e commodities. Segundo o advogado Marcelo Kpnofelmacher, sócio da butique de investimentos, a tendência de redução no uso de petróleo como combustível tem incentivado os investidores árabes a buscar novas oportunidades de negócios em mercados mais sustentáveis e menos dependentes de carbono.
Atualmente, existem cerca de 54 family offices no mundo árabe, com recursos disponíveis para investimentos que variam entre US$ 100 milhões e US$ 200 milhões. Essas empresas, responsáveis por administrar os investimentos de famílias e empresários abastados, têm sido alvo de instituições financeiras globais que buscam parcerias e oportunidades de investimento em setores estratégicos.
A First Capital tem atraído a atenção de diversos family offices árabes, como os grupos AFG e Sumou da Arábia Saudita, e a empresa Salic, interessada em participar de grupos brasileiros renomados, como JBS, Marfrig, BRF e Minerva. Para viabilizar essas parcerias, as empresas estrangeiras têm exigido a abertura de filiais no Brasil, garantindo assim um suprimento contínuo de alimentos e outros produtos.
Essa tendência de diversificação dos investimentos árabes e o interesse crescente por oportunidades no mercado brasileiro demonstram o potencial do país como um destino atraente para investimentos estrangeiros em setores promissores e sustentáveis. Com a pressão internacional por redução de poluentes e a transição para uma economia de baixo carbono, o Brasil se destaca como um mercado promissor para investidores árabes em busca de retornos financeiros sólidos e responsáveis.