Invasão na embaixada mexicana no Equador gera repercussão internacional e rompimento de relações diplomáticas com países amigos.

Recentemente, uma situação diplomática entre México e Equador tomou proporções internacionais, resultando na saída dos diplomatas mexicanos do país andino. A Ministra das Relações Exteriores, Alicia Bárcena, afirmou que o pessoal diplomático deixou o Equador “com a cabeça erguida”, em meio a um ambiente de tensão e controvérsia.

O ex-embaixador equatoriano em Londres, Mauricio Gándara, descreveu a situação como um “escândalo internacional”, após imagens dos policiais escalando as grades da embaixada mexicana e do chefe da missão sendo contido chamarem a atenção do mundo. Gándara também ressaltou que será difícil reconstruir as relações entre os dois países sem a intervenção de nações amigas.

Diversos países, de diferentes orientações políticas, reagiram de forma negativa à ação da polícia equatoriana. O Brasil, por meio do Itamaraty, expressou seu repúdio de maneira veemente, destacando que a medida do governo equatoriano constitui um grave precedente. O presidente Lula, do Partido dos Trabalhadores, prestou solidariedade ao presidente mexicano diante da situação.

A Nicarágua foi ainda mais incisiva em suas ações, imitando o México ao romper relações com o Equador. Já a Bolívia decidiu retirar seu embaixador em Quito, demonstrando a amplitude das consequências desse episódio.

Para o professor Roberto Beltrán, especialista em gestão de conflitos, a ruptura diplomática entre México e Equador possui implicações que vão além do aspecto político, afetando também o cenário econômico e cultural. A situação permanece delicada e exige uma atenção cuidadosa por parte da comunidade internacional para evitar escaladas e aprofundamento das divergências.

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