Atualmente, ao longo da BR-290, é possível ver centenas de barracas improvisadas com lonas de plástico, habitadas por indivíduos que perderam suas casas devido a enchentes. Essas pessoas se encontram desprotegidas da chuva e do frio, dependendo exclusivamente de doações para alimentar-se. A devastação é evidente, com estradas destruídas, animais mortos e até mesmo a presença de uma rota de barco ao lado da rodovia.
Enquanto acompanhava a cobertura jornalística desse cenário desolador, fui despertado pelo barulho de uma forte chuva, que tornava a noite ainda mais penosa para milhares de gaúchos afetados. Porto Alegre era uma das cidades mais atingidas, com inundações que levaram pessoas a abandonarem suas moradias no bairro Menino Deus às pressas, algumas sendo resgatadas por bombeiros em embarcações improvisadas.
Imagens como essas, de pessoas lutando contra os elementos para salvar suas vidas e pertences, marcam não apenas um momento de calamidade, mas também a resiliência e solidariedade da população diante de tragédias naturais. A história da BR-290, que um dia foi cenário de felicidade e viagens em família, agora reflete a dura realidade de vulnerabilidade e desamparo que assola tantas vidas na região.