Para chegar a essas informações, o UOL utilizou dados do Censo 2022 para identificar e mapear os imóveis existentes dentro da região inundada. No entanto, outro estudo realizado pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas indica que a área afetada pode ser ainda maior do que o inicialmente estimado. De acordo com esse novo mapa, a inundação poderia ter atingido uma área que ultrapassa meio milhão de imóveis no ápice do desastre.
Leonardo Laipelt, um dos responsáveis pelo mapeamento das áreas atingidas, ressaltou a gravidade da situação, destacando que todas as principais bacias hidrográficas do Guaíba ficaram em situação de enchente. Ele enfatizou a importância dos mapas gerados para orientar políticas públicas futuras, especialmente no que diz respeito a investimentos em construções e no planejamento urbano.
“Os mapas serão cruciais para orientar ações de médio e longo prazo. Ao realizar investimentos em infraestruturas, é fundamental considerar se determinada área está suscetível a inundações ou não”, explicou Laipelt, que além de engenheiro ambiental, é doutorando em recursos hídricos na UFRGS.
Diante da magnitude do desastre e dos impactos causados pela inundação, a divulgação desses dados se torna essencial para embasar decisões e ações que visem minimizar os efeitos de eventos climáticos extremos no futuro. O trabalho conjunto entre instituições de pesquisa e veículos de comunicação como o UOL pode contribuir significativamente para a gestão de riscos e planejamento urbano sustentável.