Intriguing Film ‘Ângela’ Explores a Toxic Relationship in 1976, Shedding Light on Ongoing Issues of Feminicide Today

O filme “Ângela”, que estreia nos cinemas nesta quinta-feira, dia 7, conta a história de um romance fatal que chocou o Brasil em 1976. Baseado em fatos reais, o longa retrata o relacionamento entre Ângela Diniz, interpretada por Ísis Valverde, e Doca Street, interpretado por Gabriel Braga Nunes. Ambos mineiros que se mudaram para o Rio de Janeiro, os protagonistas se encontram em uma festa dada por Adelita Scarpa, interpretada por Carolina Mânica.

A festa acontece na mansão onde Chiquinho Scarpa nasceu e sempre morou, uma deslumbrante propriedade de 1.500 metros quadrados localizada no Jardim Europa, em São Paulo. A casa, que está à venda por R$ 63 milhões, é decorada com móveis sofisticados, tapeçarias do século 18 e obras de arte. A atriz Carolina Mânica revela que a grandiosidade da casa ajudou a dar vida à sua personagem, Adelita, uma milionária acostumada a viver em ambientes luxuosos.

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A trama se desenrola ao longo de quatro meses, desde o momento em que Doca é expulso de casa por sua esposa e se muda para Búzios com Ângela, até a trágica morte que marca o desfecho da história. O filme foca no romance do casal, deixando de lado detalhes conhecidos, como o uso de drogas e envolvimento com outras pessoas durante esse período.

O diretor Hugo Prata explica que decidiu escolher esse enfoque para evitar justificar a violência contra as mulheres com base em ações anteriores ao relacionamento entre Ângela e Doca. Ele milita contra a tese da legítima defesa da honra, um recurso usado para absolver homens que cometiam crimes contra mulheres. Essa tese só foi proibida pelo Supremo Tribunal Federal em agosto de 2020.

Ísis Valverde, que interpreta Ângela, enfatiza o caráter desafiador de sua personagem. Ela retrata uma mulher que foge dos padrões, independente e desbocada. A atriz relata que, durante suas pesquisas, ouviu de um amigo de Ângela que outro homem certamente a mataria se não fosse Doca.

A roteirista Duda de Almeida conta que o filme foi concebido como uma história quase teatral, centrada no casal protagonista. A relação entre Ângela e Doca era marcada por manipulação, jogos emocionais e violência, características que ela teve que imaginar para escrever as cenas.

O nome do personagem Doca Street foi alterado para Raul no filme, uma mudança que não tem uma explicação racional. Gabriel Braga Nunes, intérprete de Raul, destaca que a trama real é reflexo de relacionamentos tóxicos e feminicídio, temas muito presentes na sociedade atual.

O filme “Ângela” lança luz sobre um caso histórico que marcou o Brasil e levanta discussões importantes sobre violência contra a mulher. Com um elenco talentoso e uma abordagem cuidadosa, o longa promete envolver o público em uma trama intensa e impactante.

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