Instituto Vladimir Herzog defende busca por memória, verdade e justiça no aniversário de 60 anos do golpe militar no Brasil.

Em meio às discussões que permeiam o Brasil acerca da melhor forma de lembrar os 60 anos do golpe militar, o Instituto Vladimir Herzog faz um chamado enfático à sociedade. Para a entidade, a busca pela memória, verdade e justiça não é uma responsabilidade exclusiva dos historiadores e pesquisadores, mas de todos os cidadãos que almejam um país mais justo e democrático.

Em um editorial recentemente publicado com exclusividade, o Instituto ressalta que a luta contra a violência e a opressão não se restringe ao passado, mas é uma batalha contínua pela construção de um futuro melhor. Segundo a instituição, ainda hoje há setores da sociedade e agentes públicos que perpetuam ideais autoritários, evidenciando que o golpe militar do passado continua a impactar o presente de maneira negativa.

Diante desse cenário, o Instituto Vladimir Herzog defende a urgente recriação da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, que foi extinguia no governo anterior de forma unilateral e contrariando leis federais. Além disso, a entidade ressalta a importância da implementação eficaz das recomendações da Comissão Nacional da Verdade e da reinterpretação da Lei de Anistia, atualmente sob análise do Supremo Tribunal Federal.

Para o Instituto, é fundamental que o Estado brasileiro adote medidas concretas para garantir a não repetição dos abusos cometidos no passado e para responsabilizar os agentes públicos envolvidos em crimes contra a humanidade. A busca por justiça e pela verdade histórica requer o engajamento de todos os setores da sociedade, em prol de um país mais democrático e plural.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo