Durante a audiência, serão avaliados diversos aspectos que podem indicar a existência de negligência no caso. A conformidade do submarino Titan com as regulamentações, as qualificações da tripulação, a eficácia dos sistemas mecânicos e estruturais, bem como a resposta à emergência serão pontos de análise minuciosa, conforme informado pela Guarda Costeira. Caso sejam identificados indícios de crime durante a investigação, o caso será encaminhado ao Departamento de Justiça.
As circunstâncias que envolvem o incidente tornam a investigação ainda mais complexa, como a profunda profundidade em que ocorreu a implosão, o que dificulta a recuperação de provas significativas. Engenheiros e executivos da empresa responsável pelo submarino, a OceanGate, serão convocados para prestar depoimento. Entre os convidados está Guillermo Söhnlein, cofundador da empresa, que defendeu o presidente da OceanGate, Stockton Rush, falecido no acidente. Söhnlein ressaltou que sempre foram transparentes quanto aos riscos envolvidos nas expedições.
Diversos especialistas já apontaram fatores que podem ter contribuído para a implosão do submarino, como a utilização de materiais experimentais não testados em profundidades extremas, como a fibra de carbono. Os destroços do Titanic, por exemplo, estão a aproximadamente 4 km de profundidade no oceano. A expectativa é que com o desenrolar do inquérito, mais informações relevantes venham à tona, proporcionando maior clareza sobre as circunstâncias que resultaram nessa tragédia.