À medida que a inteligência artificial se desenvolve, surgem novas perguntas e desafios, como a possível tributação dos robôs. Países como Japão, Itália e Coreia do Sul têm discutido a taxação dos robots, considerando sua capacidade de substituir o trabalho humano. Questões como o que define um robô para fins tributários e se há uma bitributação de proprietários e robôs precisam ser analisadas com profundidade.
A perspectiva de um aumento considerável na expectativa de vida dos brasileiros também traz à tona a necessidade de revisão dos sistemas previdenciários. Com um número cada vez maior de idosos economicamente ativos, será preciso triplicar os rendimentos dos trabalhadores para garantir a sustentabilidade da seguridade social, uma vez que o atual modelo é comparado a um “esquema de pirâmide”.
O Parlamento Europeu, em 2017, discutiu a possibilidade de taxar os robôs como medida de assistência aos desempregados diante da substituição de humanos por máquinas. Esse debate tem sido acompanhado por especialistas e grandes empresários, como Elon Musk e Bill Gates, que vislumbram um futuro no qual os empregos tradicionais não serão mais necessários e defendem a implementação de uma renda básica universal financiada pela taxação dos robôs.
A sociedade enfrenta o desafio de conciliar os benefícios da tecnologia com as mudanças no mercado de trabalho e as desigualdades socioeconômicas. É fundamental garantir que os avanços tecnológicos beneficiem a coletividade, sem prejudicar os mais vulneráveis. Políticas inclusivas de educação, requalificação profissional e uma estrutura tributária adaptada são essenciais para lidar com as realidades econômicas da era digital e assegurar um futuro sustentável para todos. Em meio a essas transformações, a famosa frase de Albert Einstein ressoa como um lembrete importante: “Não podemos resolver nossos problemas com o mesmo pensamento que usamos quando os criamos”.