A defesa de Carlos solicitou a comparação do seu DNA com o material biológico presente nas vítimas, e a advogada Flavia Rahal explicou que, dos 10 casos em que o Innocence Project Brasil interveio, apenas em cinco havia sido possível obter amostras de DNA das vítimas. Esses testes revelaram que Carlos era inocente e apontaram José Reginaldo dos Santos, que já estava preso por roubo em São Paulo, como o verdadeiro autor dos estupros.
Com base nos resultados dos exames de DNA, o Superior Tribunal de Justiça determinou a libertação de Carlos Edmilson. No entanto, a advogada Flavia Rahal criticou o fato de que as vítimas foram inicialmente induzidas a acreditar na culpa de Carlos apenas por reconhecimento fotográfico, sem a devida comprovação científica. Ela ressaltou que as vítimas não mentiram sobre os abusos sofridos, mas foram levadas a identificar erroneamente o jardineiro.
O caso de Carlos Edmilson levanta questões sobre a importância da realização de testes de DNA em investigações criminais e evidencia a necessidade de garantir que as acusações sejam sustentadas por provas concretas. A atuação do Instituto Innocence Project Brasil foi fundamental para restabelecer a justiça no caso e libertar um inocente que havia sido injustamente condenado.