Repórter São Paulo – SP – Brasil

Inflação de 143% e escassez de dólares: Argentina enfrenta desafios econômicos e sociais em meio a tensões políticas internas.

A crise econômica na Argentina atingiu níveis preocupantes, com uma inflação anual de 143% e uma escassez crítica de dólares, levando o país a buscar a emissão de mais moeda para cobrir o déficit público. Essa espiral inflacionária tem impactado significativamente a população, com o dado oficial indicando que 40,1% dos argentinos vivem na pobreza.

O presidente Alberto Fernández expressou sua desconfiança em relação a esse dado, afirmando que não consegue conciliar a taxa de pobreza com a contínua criação de empregos. Ele questionou a metodologia de medição da pobreza, sugerindo que a Pesquisa Permanente de Domicílios utilizada para esse fim pode estar sujeita a falhas.

Além disso, Fernández evitou criticar diretamente a vice-presidente e ex-presidente Cristina Kirchner, mas discordou de sua abordagem política, destacando que não mantém contato com ela. Entretanto, declarou que a respeita, evidenciando a tensão existente entre os dois líderes políticos.

O presidente também anunciou sua participação na cúpula de chefes de Estado do Mercosul, no Brasil, que será seu último ato internacional antes de se dedicar à transição de governo. Ele enfatizou que essa atitude é reflexo de seu compromisso com a democracia e com a estabilidade institucional do país, apontando para a ausência de Kirchner na posse do ex-presidente Macri em 2015.

Essa postura do governo argentino em meio a uma crise econômica e social complexa levanta questionamentos sobre a capacidade de enfrentamento da situação. Tanto a inflação descontrolada quanto a pobreza representam grandes desafios para o país, que precisa buscar soluções efetivas para garantir o bem-estar da população e a estabilidade econômica. A postura ambígua de Fernández em relação a Kirchner também revela as tensões internas no governo, o que pode impactar a capacidade de implementar reformas e medidas necessárias para enfrentar a crise. O cenário argentino continua incerto e requer uma abordagem sólida e coordenada para superar os desafios presentes.

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