Além disso, outros inquéritos estão sendo conduzidos para apurar diferentes aspectos das ações e supostos crimes cometidos pelo presidente e seu entorno. O Inquérito 4781 investiga crimes de denúncias caluniosas e ameaças direcionadas ao Supremo Tribunal Federal, enquanto o Inquérito 4874 aponta para a existência de uma organização criminosa com forte atuação digital.
O que mais preocupa Bolsonaro é o risco de ser enquadrado em um golpe de estado, conforme apurado no Inquérito 4874. O presidente parece tentar seguir os passos do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mobilizando sua base de apoio para transformar o indiciamento em fator de mobilização.
No entanto, a situação no Brasil se diferencia dos EUA, especialmente no que diz respeito às consequências legais. Enquanto no Brasil os crimes comuns não desaparecem mesmo após o mandato presidencial, nos EUA Donald Trump recebeu uma espécie de “imunidade relativa” que o protege de certas acusações.
Dessa forma, a estratégia de Bolsonaro para lidar com o indiciamento e os inquéritos em curso permanece incerta. O presidente brasileiro corre o risco de enfrentar as consequências legais de suas ações, sem a mesma proteção concedida a Trump. A questão que fica é: como Bolsonaro irá lidar com as investigações em andamento e as possíveis repercussões políticas e legais de seus atos? A incerteza paira sobre o futuro do presidente e do país.