A namorada do empresário, que estava em prisão temporária desde o início de junho, foi indiciada por homicídio qualificado por meio insidioso, com o agravante do motivo torpe e traição. Além disso, ela responderá por estelionato, associação criminosa, fraude processual, falsidade ideológica e uso de documento falso, por se apropriar dos bens de Ormond e vender suas armas.
Durante as investigações, a mulher chegou a ser considerada foragida da Justiça, mas se entregou após imagens de câmeras de segurança mostrarem que ela esteve no apartamento em mais de uma ocasião enquanto o empresário já estava morto. Uma segunda mulher, que se apresenta como cigana, também foi indiciada pelos mesmos crimes (exceto uso de documento falso). A motivação do crime, de acordo com a polícia, teria sido financeira.
Julia estaria devendo R$ 600 mil à suposta cigana por “trabalhos espirituais” e teria sido instruída a colocar o remédio no doce. Além das duas mulheres, outros quatro homens foram indiciados por envolvimento na compra e venda dos bens do empresário, respondendo em liberdade. Dois deles foram indiciados por receptação, venda de armas, associação criminosa e fraude processual, enquanto os outros dois por vender as armas do empresário.
Até o momento, a polícia não divulgou os nomes dos demais indiciados. A defesa de Júlia informou que concederá uma coletiva neste sábado, 13, para falar sobre o indiciamento. Este caso chocante continua a chamar a atenção da sociedade para a violência e criminalidade no Rio de Janeiro.