Indicados por Lula assinam termos de posse como diretores do Banco Central em meio a desgaste provocado pela mobilização dos servidores

O Governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou dois novos diretores para o Banco Central, Paulo Picchetti e Rodrigo Teixeira, que assumiram seus cargos nesta terça-feira (2). Picchetti será responsável pela direção de Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos, enquanto Teixeira ficará encarregado da área de Administração, apesar de ter sido nomeado por Lula como diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta.

A mudança na designação da diretoria colegiada foi comunicada pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, que alterou a posição de Teixeira de diretor de Relacionamento para o comando administrativo, anteriormente ocupado por Carolina de Assis Barros, que passou a chefiar a área deixada vaga por Maurício Moura.

Essa alteração vem em um momento delicado para o BC, já que os servidores da instituição estão mobilizados em uma operação-padrão desde julho e planejam cruzar os braços por 24 horas no dia 11 de janeiro de 2024. Eles reivindicam maior isonomia entre as carreiras do funcionalismo público e pedem uma equiparação de tratamentos, além de medidas de reestruturação de carreira.

Durante a sabatina na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado Federal, Teixeira defendeu a valorização da carreira dos funcionários e prometeu empenhar-se pessoalmente nas tratativas. Vale ressaltar que Teixeira é servidor de carreira do BC e atuava como secretário especial adjunto de Análise Governamental na Casa Civil.

Já Picchetti terá um papel importante como representante do BC na presidência brasileira do G20 e será responsável por coordenar a avaliação da conjuntura internacional, além de atuar em conjunto com o Ministério da Fazenda. Os mandatos dos novos diretores do BC vão até 31 de dezembro de 2027, podendo ser renovados por mais quatro anos.

Com a adição desses dois novos integrantes, a cúpula do BC passa a contar com quatro nomes indicados pelo atual governo entre os nove membros do colegiado. Gradativamente, Lula tem colocado no BC nomes mais alinhados ao seu governo, que pede maior flexibilização de juros.

Os novos diretores participarão do primeiro encontro do ano do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC, agendado para os dias 30 e 31 de janeiro. Atualmente, a taxa básica de juros (Selic) está fixada em 11,75% ao ano. No entanto, cabe ressaltar que a fonte não foi citada para essa informação.

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