As autoridades locais estão preocupadas com o risco de colapso da estrutura que, segundo Luis Sendra, decano da associação de arquitetos de Valência, ainda não foi resfriada o suficiente para permitir a entrada segura das equipes de resgate. Sendra afirmou: “Agora mesmo existe risco, até que a estrutura seja resfriada. Não podemos arriscar e entrar devido ao perigo de colapso de algum elemento, que provocaria mais danos pessoais”. Essa preocupação demonstra a gravidade da situação e a complexidade da operação de resgate que está em andamento.
A vice-presidente do Colégio de Engenheiros Técnicos Industriais de Valência, Esther Puchades, atribuiu a rapidez com que o fogo se espalhou ao revestimento de poliuretano na fachada do edifício, um material altamente inflamável. Essa informação levanta sérias questões sobre a segurança dos materiais de construção utilizados no edifício, especialmente considerando o trágico incêndio no edifício Grenfell em Londres, em 2017, que teve um revestimento semelhante e resultou na morte de 72 pessoas.
O presidente regional de Valência, Carlos Mazón, expressou sua preocupação com o ocorrido e afirmou em uma coletiva de imprensa que a situação está sendo investigada minuciosamente para determinar as causas do incêndio e prevenir futuros incidentes semelhantes. A atenção agora se volta para o resfriamento da estrutura e para a recuperação das pessoas afetadas pelo incêndio.
O complexo de apartamentos, que contava com 138 unidades, foi construído há pouco mais de uma década, o que levanta questões sobre a manutenção e a adequação das normas de segurança contra incêndios. As autoridades e especialistas estão trabalhando arduamente para investigar as causas do incêndio e garantir a segurança dos edifícios na região. As consequências desse trágico evento certamente impactarão as regulamentações de construção e segurança contra incêndios no futuro.