Inauguração polêmica da base aérea de Canoas causa transtornos e confusão em meio às enchentes no Rio Grande do Sul

No ParkShopping, em Canoas, a segunda-feira, 27, foi marcada por um cenário atípico. O barulho habitual das conversas dos visitantes e lojistas se misturava ao som das rodinhas de malas sendo arrastadas pelo piso do shopping, transformando a entrada B em uma inusitada sala de embarque improvisada. A cena reflete a tentativa dos gaúchos de manter a normalidade em meio às enchentes que assolam o Rio Grande do Sul há quase um mês.

Neste contexto, a inauguração da base aérea de Canoas, para voos comerciais, coordenada pela empresa concessionária Fraport, representou uma opção mais rápida e confortável para quem precisa deixar a capital gaúcha por via aérea. No entanto, no primeiro dia de operação, a experiência se mostrou desafiadora para os passageiros, enfrentando chuva, protestos, desvios e um embarque improvável dentro de um shopping.

Os relatos de passageiros envolveram ansiedade e confusão, como o consultor de vendas Arthur Sisson, que expressou preocupação com a mudança na rotina de viagem. O trajeto até o ParkShopping Canoas também foi um obstáculo, com desvios por rodovias alagadas e protestos que causaram congestionamento na região.

No interior do shopping, a sala de embarque improvisada com sinalização clara foi recebida pelos passageiros que aguardavam o chamado para o embarque no voo da Latam com destino a Guarulhos. A fila para inspeção de segurança demandou paciência, mas os funcionários da companhia aérea e da Fraport demonstraram presteza em auxiliar os passageiros.

Com apenas dois voos programados para o primeiro dia de operações, a expectativa é de até cinco voos diários, com a participação das companhias aéreas Azul e Gol a partir de 1º de junho. Apesar dos desafios enfrentados neste início, a nova base aérea de Canoas representa uma alternativa crucial para os gaúchos em um momento de crise e necessidade de mobilidade aérea.

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