Igreja tombada em Maceió se recusa a deixar área afetada por risco de desabamento e pressão da Braskem

A história da Igreja Batista do Pinheiro, localizada em Maceió, é marcada por resistência e determinação. Inaugurado em 1974, o templo se tornou um símbolo de resistência em meio às áreas afetadas pelo afundamento no bairro do Pinheiro. Recentemente, a igreja foi tombada como patrimônio material e imaterial de Alagoas, em reconhecimento aos seus serviços sociais prestados à comunidade.

A região onde a igreja está localizada vem sofrendo com os efeitos do afundamento, o que levou muitos moradores a deixarem o entorno. No entanto, a Igreja Batista do Pinheiro é uma exceção, já que os membros da congregação decidiram permanecer no local, recusando-se a abrir negociações com a Braskem, responsável pela mineração de sal-gema na região.

Segundo o pastor Wellington, a comunidade decidiu lutar para permanecer no local após um relatório apontar que não há riscos de desabamento na área. O pastor ressalta que a igreja não está fazendo negacionismo, e que há um laudo da Defesa Civil de outubro de 2021 que afirma que não há necessidade de deixar a área.

No entanto, a Braskem afirma que desde abril de 2021 vem mantendo tratativas com a igreja para oferecer apoio à realocação, sem sucesso. A empresa está ciente dos riscos envolvidos na permanência da igreja no local e tem buscado maneiras de auxiliar na realocação da comunidade.

A história da Igreja Batista do Pinheiro é um exemplo de determinação e resistência diante das adversidades. A comunidade tem lutado para permanecer no local, apesar dos desafios impostos pelo afundamento da região. O templo continua a ser um ponto de apoio e espiritualidade para os moradores, que buscam manter suas raízes e tradições em meio às mudanças que afetaram o bairro do Pinheiro.

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