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Homem de 67 anos morre por Leptospirose no Rio Grande do Sul após enchentes, alerta para risco da doença em áreas alagadas.

A Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul confirmou nesta segunda-feira (20) a morte de um homem de 67 anos, residente do município de Travesseiro, no vale do Taquari, por leptospirose, doença infecciosa transmitida pela exposição direta ou indireta à urina de animais infectados, principalmente ratos, que pode estar presente na água ou na lama de locais com enchentes. O óbito ocorreu na última sexta-feira (17), após os primeiros sintomas serem percebidos no dia 9, de acordo com informações fornecidas pela secretaria.

A confirmação da doença foi feita após a análise da amostra pelo Laboratório Central do Estado (Lacen), em Porto Alegre, resultar positiva. A leptospirose é uma das principais doenças que surgem em casos de inundações, como as que afetam o estado atualmente.

Por esse motivo, é essencial que a população procure atendimento médico nos primeiros sinais da doença, como febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, especialmente na panturrilha, e calafrios. O contágio ocorre pelo contato da pele com água contaminada ou por meio de mucosas.

A Secretaria de Saúde, por meio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, está monitorando os casos suspeitos a partir das notificações dos municípios. Até o momento, já foram identificadas 304 ocorrências não confirmadas de leptospirose e 19 casos confirmados. Antes do período de calamidade pública no Rio Grande do Sul, o estado já havia registrado 129 casos e seis mortes em 2024 e 477 casos e 25 óbitos em 2023.

Os sintomas da doença geralmente aparecem entre 5 e 14 dias após a contaminação, podendo se estender até 30 dias. O tratamento é feito com antibióticos e deve ser iniciado no momento da suspeita por um profissional de saúde. Nos casos leves, o tratamento é ambulatorial, mas em casos graves, a hospitalização é necessária. A automedicação não é recomendada.

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