A empresa elétrica realizou uma manobra para manter a geração de energia concentrada em sete unidades geradoras localizadas na margem direita do rio, que estão sincronizadas no setor de 500 kV da usina. Com uma capacidade instalada de mais de 3,5 mil megawatts, Santo Antônio é uma das principais hidrelétricas do país e opera a fio d’água, o que a torna diretamente impactada pelas vazões do rio Madeira.
Atualmente, as vazões do rio estão próximas das mínimas históricas, tendo uma geração efetiva de aproximadamente 490 megawatts médios. Mesmo com a situação crítica, a Eletrobras afirmou que a usina segue operando e não há previsão de parar totalmente a geração de energia. A empresa está adotando medidas técnicas e operacionais para minimizar o risco de uma paralisação da geração na hidrelétrica neste ano.
No ano passado, o empreendimento teve suas operações interrompidas devido a uma seca na região Norte. O rio Madeira atingiu a cota mais baixa da história em Porto Velho, a 1,02 metros, superando o recorde anterior de 1,10 metros. Com a falta de previsões de chuvas para a região, a situação tende a se agravar, de acordo com o Serviço Geológico Brasileiro.
A crise hídrica enfrentada pela hidrelétrica de Santo Antônio evidencia a importância de se adotar medidas para garantir a geração de energia, mesmo em cenários adversos de escassez de água. O controle da vazão do rio Madeira e a busca por alternativas sustentáveis de produção de energia se tornam ainda mais cruciais em momentos como esse.