Durante uma coletiva de imprensa em São Paulo, Avancini apresentou um documentário no qual relembra os momentos importantes de sua trajetória e explica os motivos por trás de sua decisão de se aposentar. O ciclista revelou que já no ano de 2020, quando encerrou o ano como o número 1 do mundo, começou a sentir certas dificuldades emocionais. A temporada de 2021 se tornou ainda mais desafiadora, e Avancini percebeu que não estava mais competindo com a mesma motivação de antes. As competições passaram a ser vistas como uma “obrigação” e não proporcionavam mais o mesmo prazer que o fez se apaixonar pelo esporte.
Mesmo sendo líder do ranking, competindo por uma grande equipe, com seu nome estabelecido na carreira e tendo vencido eventos de Copa do Mundo, Avancini não sentia mais a mesma motivação e questionava o propósito de continuar competindo. Sua aposentadoria é vista como benéfica para o desenvolvimento do esporte no Brasil, uma vez que abrirá espaço para outros ciclistas ocuparem a posição de destaque que ele alcançou.
Durante os Jogos Olímpicos de Tóquio, Avancini alcançou a 13ª posição no mountain bike cross-country, a melhor colocação já obtida por um brasileiro nessa modalidade. Além disso, neste ano ele conquistou o Campeonato Mundial na prova de maratona, em Glasgow, na Escócia, pela segunda vez. O ciclista ressaltou a importância dessa vitória, afirmando que as pessoas ainda não conseguem compreender totalmente a magnitude desse feito.
Avancini iniciou sua carreira aos 8 anos de idade e se tornou o único brasileiro a vencer o campeonato nacional em todas as categorias, desde o juvenil até a elite. Sua trajetória é marcada por conquistas e contribuições significativas para o ciclismo no país. Com sua aposentadoria, ele espera abrir caminho para novos talentos brasileiros brilharem e levarem o esporte a novas alturas.