Sem mencionar diretamente o presidente Nicolás Maduro, Ali também acusou o governo venezuelano de “roubar” o seu país, referindo-se à região de Essequibo, que é rica em reservas de petróleo e que representa 70% do território guianense. Ele expressou sua preocupação com a segurança alimentar e o futuro garantido da população dessa região, afirmando que a Guiana está mobilizada para proteger seus interesses nessa questão.
A tensão entre a Guiana e a Venezuela aumentou após o anúncio de Maduro de que haveria uma consulta popular para decidir se a região de Essequibo deveria ser anexada à Venezuela. A medida, anunciada em novembro, tem caráter “consultivo” e os eleitores terão que manifestar sua opinião sobre o assunto em uma consulta de três dias. No entanto, ainda não está claro se a proposta será implementada, mesmo que seja aprovada, pois não há garantias de consequências legais.
A disputa territorial entre a Guiana e a Venezuela não é recente e remonta a décadas, com ambos os países reivindicando a região de Essequibo como parte de seu território. A riqueza em recursos naturais, como petróleo, tem ampliado as tensões e colocado em evidência a necessidade de resolução diplomática e pacífica desse conflito.
O presidente Ali reforçou a importância da diplomacia como a primeira linha de defesa da Guiana, destacando a necessidade de unidade e determinação do povo guianense para enfrentar esse desafio. A comunidade internacional tem acompanhado de perto essa situação e aguarda desdobramentos em relação à consulta popular proposta pela Venezuela e à resposta da Guiana diante dessa questão delicada.