Repórter São Paulo – SP – Brasil

Guerra no Iêmen: o papel dos Estados Unidos e do Reino Unido no conflito que já causou a morte de 11 mil crianças

A guerra civil no Iêmen, que começou em 2014, tem trazido consequências devastadoras para a população do país, especialmente para as crianças. Segundo a UNICEF, entre 2015 e 2022, cerca de 2,3 milhões de crianças se tornaram refugiadas devido ao conflito, e 11 mil morreram ou foram gravemente feridas. A situação é ainda mais preocupante devido à participação de países como os Estados Unidos e o Reino Unido no fornecimento de armas para a Arábia Saudita, que tem sido um dos principais atores no conflito.

Embora os Estados Unidos tenham mantido uma posição de distanciamento da guerra civil no Iêmen em termos de imagem pública, eles continuaram envolvidos no conflito através de representantes no centro de comando dos bombardeios sauditas. Tanto os Estados Unidos quanto o Reino Unido têm fornecido armas para a Arábia Saudita, que tem sido criticada por sua atuação violenta no país.

A guerra no Iêmen é complexa e tem raízes históricas profundas. O movimento Houthi, que já tinha uma tradição rebelde contra o governo, se revoltou contra o então presidente Abd Rabbuh Mansur al-Hadi em 2014 e tomou a capital Sana’a. Isso desencadeou uma série de eventos que levaram à intervenção da Arábia Saudita, que entrou no país para defender o governo de al-Hadi. No entanto, a ação militar saudita não conseguiu retomar a maior parte do território, deixando os Houthis com o controle da capital Sana’a.

Além disso, a presença da Al-Qaeda no Iêmen tem sido uma preocupação, já que o grupo tem aproveitado a situação de instabilidade para ganhar força e aumentar seus atentados, especialmente contra a população xiita.

A situação no Iêmen é extremamente preocupante, e um acordo de paz se faz urgente para acabar com o sofrimento da população, especialmente das crianças que têm sido as maiores vítimas do conflito.

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