Guerra entre Israel e Hamas deixa rastro de mortes e brasileiros buscam repatriação

No último dia 7, o grupo Hamas realizou uma série de ataques devastadores por terra, mar e ar, resultando em um grande número de vítimas fatais, incluindo civis, e várias pessoas sequestradas. De acordo com os balanços oficiais de Israel, pelo menos 1.300 pessoas perderam a vida, tornando esses os piores ataques da história do país. Entre as vítimas estão três brasileiros: Ranani Glazer, de 23 anos, Bruna Valeanu, de 24 anos, e Karla Stelzer Mendes, de 42 anos. Eles estavam em uma festa na qual pelo menos 260 pessoas foram mortas. Testemunhas relataram que homens armados cercaram o local, lançaram granadas e abriram fogo.

A morte de Karla, que foi confirmada apenas na última sexta-feira, foi uma tragédia terrível. Seu namorado israelense, Gabi Azulay, também faleceu durante o ataque. Além disso, outra brasileira, Celeste Fishbein, de 18 anos, está desaparecida. Ela estava em um kibutz nas proximidades da Faixa de Gaza quando a violência começou.

Após os ataques do Hamas, o governo israelense declarou guerra e prometeu fazer o grupo pagar um preço “sem precedentes”. Como resultado, a retaliação israelense já causou mais de 1.500 mortes, segundo as autoridades palestinas. O número de vítimas continua aumentando diariamente.

Desde então, Israel vem lançando uma série de ataques com mísseis contra a Faixa de Gaza, alegando ter como alvo terroristas. No entanto, relatos do Hamas indicam que civis também estão sendo mortos. Além dos ataques, Israel intensificou o bloqueio à Faixa de Gaza, impedindo a entrada de alimentos, combustíveis e suprimentos médicos, entre outros itens. Foi cortado também o fornecimento de água e parte da eletricidade na região. A infraestrutura de Gaza também tem sido danificada, incluindo a paralisação da única central elétrica local.

O objetivo de Israel com essas ações é pressionar o Hamas a libertar os israelenses mantidos como reféns desde os ataques do dia 7. O Exército israelense informou durante a semana que haveria brasileiros entre os sequestrados pelo grupo, mas essa informação ainda não foi confirmada pelo Itamaraty.

Na última sexta-feira, a ala militar do Hamas relatou que 13 de seus reféns foram mortos em ataques aéreos nas últimas 24 horas. Porém, a localização exata dos reféns é desconhecida.

Alguns analistas sugeriram que Israel poderia enfrentar dificuldades em caso de uma invasão terrestre de Gaza, devido à grande densidade populacional e às ruas estreitas que poderiam permitir emboscadas por parte dos combatentes do Hamas. No entanto, Reginaldo Nasser, especialista em terrorismo, acredita que Israel tem meios tecnológicos para superar esses obstáculos.

Quanto aos brasileiros que desejam deixar a região, a Força Aérea Brasileira está repatriando aqueles que solicitaram retorno ao Brasil. Com o último voo que chegou ao país na madrugada deste sábado, já são 701 os brasileiros trazidos de volta. No total, mais de 1.700 brasileiros pediram pela repatriação, a maioria deles sendo turistas.

Por fim, um grupo de 22 brasileiros que vivem na Faixa de Gaza embarcou em um ônibus fretado pela Embaixada do Brasil na Palestina e estão tentando cruzar a fronteira com o Egito para retornar ao Brasil. A situação continua tensa na região, e a comunidade internacional acompanha atentamente o desenrolar dos acontecimentos.

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