Guerra entre Israel e Hamas completa 174 dias e deputado italiano denuncia horror na região em entrevista ao Congresso em Foco.

A guerra entre Israel e o Hamas, que teve início em outubro de 2023, já completou 174 dias de intensos conflitos. O cenário que se apresenta na região é descrito como um verdadeiro horror pelo deputado italiano Angelo Bonelli, que recentemente concedeu uma entrevista ao Congresso em Foco.

De acordo com Bonelli, a situação humanitária na Faixa de Gaza é alarmante, com mais de 1.500 caminhões de ajuda retidos por Israel na barreira de Rafah, provocando uma escassez de alimentos, água e insumos médicos essenciais. O deputado ressaltou que crianças estão morrendo de fome e falta de água, e os hospitais sofrem com a falta de anestésicos e instrumentos básicos para cirurgias.

Bonelli fez parte de uma comitiva de parlamentares italianos que visitaram a região em março e testemunharam o impacto direto da guerra na população palestina. Ele destacou que até mesmo a ajuda humanitária enviada pelo Brasil, como filtros de água e freezers, foi barrada na fronteira de Gaza, agravando ainda mais a situação dos civis afetados pelos bombardeios.

A crise diplomática entre Brasil e Israel, desencadeada após declarações polêmicas do presidente Lula em relação aos conflitos, também tem gerado tensões. Israel justifica a retenção da ajuda humanitária brasileira alegando questões de segurança. Porém, o governo brasileiro classifica essa ação como uma violação do direito internacional e contesta as justificativas apresentadas por Israel.

Bonelli ressaltou que a situação atual não necessita de comparações com eventos históricos, como a Segunda Guerra Mundial, mas denuncia que o que ocorre na região é um verdadeiro genocídio e um crime contra a humanidade. Ao apontar a responsabilidade do governo de Netanyahu, o deputado enfatizou que suas críticas não são direcionadas ao povo israelense, mas sim à política adotada pelo atual governo.

Com um saldo de mais de 30 mil mortos e 72 mil feridos na Faixa de Gaza desde o início dos conflitos, a escalada de violência tem sido marcada por episódios como o “massacre da farinha”, que resultou na morte de mais de 120 pessoas em meio a um bombardeio indiscriminado. A população civil da Palestina segue enfrentando uma crise humanitária sem precedentes, enquanto a comunidade internacional busca formas de intervenção para conter a tragédia em curso.

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