Djidja fazia parte de uma família que já era alvo de investigações por liderar um grupo religioso bastante controverso. De acordo com as autoridades policiais, esse grupo obrigava seus seguidores a utilizarem cetamina como parte de rituais para “transcender a outra dimensão e alcançar um plano superior e a salvação”. A prática, considerada abusiva e perigosa, gerou repercussão e revolta na comunidade.
As investigações sobre o caso apontam que muitas vítimas desse grupo foram submetidas a situações extremas, como violência sexual e aborto. O início das apurações se deu a partir da denúncia de um pai de uma das vítimas, levando a polícia a descobrir detalhes perturbadores sobre as atividades da família e do grupo religioso.
Segundo relatos do advogado Vilson Gomes Benayon Filho, Cleusimar e Ademar, pais da jovem Djidja, teriam se identificado como Maria e Jesus durante o depoimento na delegacia. Essa postura foi considerada como mais um elemento bizarro e alarmante no caso, que já despertava atenção pela gravidade das acusações.
Por outro lado, a defesa da família nega veementemente a existência da seita religiosa e dos rituais macabros envolvendo o uso de drogas. A advogada Lidiane Roque argumenta que o grupo oferecia as substâncias voluntariamente, sob a justificativa de promover a evolução espiritual dos seguidores, descartando qualquer alegação de coação.
Diante de todas as controvérsias e revelações perturbadoras, a morte de Djidja levanta questionamentos sobre a atuação de grupos religiosos extremistas e os riscos envolvidos em práticas consideradas abusivas. A investigação continua em andamento para esclarecer os detalhes desse trágico episódio e garantir a justiça para todas as vítimas envolvidas.