De acordo com o grupo Deutsche Bahn (DB), essa greve está prestes a se tornar a mais longa na história dos maquinistas na Alemanha, ultrapassando o recorde anterior estabelecido em maio de 2015. Além disso, esta é a quarta paralisação desde novembro de 2023, o que ilustra a gravidade do impasse nas negociações entre o DB e o sindicato dos maquinistas de locomotivas GDL.
A porta-voz do DB, Anja Bröker, alertou que a greve está prejudicando a economia alemã, em particular as cadeias de abastecimento. A paralisação tem o potencial de afetar o fornecimento de energia e combustível para indústrias, como fábricas, automóveis, químicas e siderúrgicas. Isso poderia acarretar interrupções significativas na produção industrial e no transporte de mercadorias.
A Alemanha desempenha um papel crucial no tráfego de bens de consumo na Europa, com seis corredores europeus de transporte ferroviário de mercadorias. A subsidiária de transporte de mercadorias do DB, DB Cargo, opera uma média de 20.000 trens por semana, atendendo a uma grande parte do continente. Por isso, as consequências da greve dos maquinistas não estão limitadas ao território alemão, mas se estendem por toda a região.
Apesar das declarações do ministro dos Transportes e do DB, o sindicato dos maquinistas de locomotivas GDL afirma que a greve é necessária para pressionar por melhores condições de trabalho e remuneração para a categoria. Enquanto isso, muitos cidadãos e empresas aguardam ansiosamente a resolução desse impasse, que já está causando impactos consideráveis na economia alemã.