Greve dos funcionários públicos no dia 24 recebe apoio de personalidades e sindicatos, ironizações e críticas ao governo.

No dia 24 de setembro, os funcionários públicos de todo o país irão parar em protesto contra as políticas implementadas pelo governo desde 10 de dezembro. Essa paralisação recebeu uma resposta agressiva do secretário-geral da ATE Nacional (Associação de Trabalhadores do Estado), Rodolfo Aguiar, que retrucou ao dizer que o secretário-geral de Adorni também poderia parar de dizer bobagens.

A maioria dos sindicalistas acredita que ameaças apenas fortalecem a greve e levam a um maior número de adesões. O secretário-geral da ATE Nacional também questionou o destino do dinheiro descontado dos funcionários em greve, ironizando se esse dinheiro seria entregue ao FMI, depositado na conta da construtora Techint ou pago ao Hotel Libertador, um hotel de luxo onde são realizadas reuniões com o empresariado.

Além dos funcionários públicos, outras categorias também demonstraram apoio à greve. Mais de 1,5 mil personalidades assinaram um documento público rejeitando as medidas do governo e convocando para a greve da CGT. Entre os principais signatários estão governadores, deputados, líderes sindicais, juízes, atores, cantores e o Prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel.

O documento rejeita o Decreto 70/2023 como ilegal e ilegítimo, e afirma que ele atenta contra diversos setores da sociedade, além de colocar em risco a soberania nacional e a preservação do ambiente. As medidas do Ministério da Segurança também foram duramente criticadas, sendo chamadas de “um protocolo autoritário de restrição da liberdade de reunião, associação e manifestação”.

O documento alerta que as medidas foram elaboradas por ex-funcionários de governos anteriores que foram contra os interesses populares, e que a greve é uma forma de resistência a essas políticas. O líder do sindicato de Canillitas, Omar Plaini, também afirmou que grande parte do povo estará mobilizada e que até mesmo os eleitores do governo irão para as ruas para impedir os abusos das políticas implementadas.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo