A Greenpeace ressalta que a sobrepesca não é apenas um problema para os países que dependem da pesca como fonte de alimentação e renda, mas também afeta a biodiversidade marinha e o equilíbrio do ecossistema marinho como um todo. A falta de controle na pesca e a exploração intensiva dos recursos marinhos está levando diversas espécies à beira da extinção.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), aproximadamente 33% das populações de peixes estão sendo pescadas além dos níveis sustentáveis. Esses números alarmantes evidenciam a importância de se ratificar um acordo internacional para a proteção do alto-mar e para a regulamentação da atividade pesqueira.
No entanto, a ratificação desse acordo esbarra em questões políticas e econômicas. Muitos países têm interesses econômicos na pesca e relutam em aderir às medidas de restrição propostas. Além disso, a falta de cooperação internacional dificulta a implementação de medidas efetivas para a conservação dos recursos marinhos.
O acordo sobre o alto-mar é uma proposta que visa estabelecer regras para a conservação e o uso sustentável dos recursos marinhos em áreas além das jurisdições nacionais. Ele também pretende criar áreas marinhas protegidas, onde a pesca seria proibida ou restrita, permitindo assim a restauração dos ecossistemas marinhos.
O Greenpeace alerta que é necessário um compromisso global para a proteção dos oceanos, pois os recursos marinhos são essenciais para a manutenção da vida no planeta. A organização faz um apelo aos governos e às organizações internacionais para que ratifiquem o acordo sobre o alto-mar e tomem medidas concretas para evitar a sobrepesca e a degradação dos oceanos.
A sobrepesca é um problema urgente que precisa ser enfrentado e resolvido com urgência. A falta de ação pode levar a um colapso dos ecossistemas marinhos e ter consequências diretas na segurança alimentar e na economia global.
É necessária uma ação conjunta entre governos, organizações não-governamentais e sociedade civil para garantir a proteção dos oceanos e a sustentabilidade da pesca. O acordo sobre o alto-mar é um primeiro passo importante nesse sentido, mas é preciso que ele seja ratificado e implementado de forma efetiva.