Grávidas em Gaza enfrentam insegurança alimentar e falta de assistência médica em meio aos bombardeios: situação é descrita como pior que um pesadelo.

Em meio aos conflitos na região de Gaza, a situação das gestantes se torna cada vez mais preocupante. Antes da guerra, os hospitais acolhiam as grávidas e havia incubadoras para os bebês, mas agora as condições se deterioraram drasticamente.

Rou’a Sindawi, uma jovem de 20 anos que está esperando trigêmeos, relatou sofrer com vertigens incessantes e uma grave falta de alimentação adequada. Ela mencionou que só conseguiu comer proteína uma vez, alguns ovos, desde o início do conflito. Essa realidade é compartilhada por 95% das gestantes ou lactantes na região, segundo dados da Unicef.

O representante do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) nos Territórios Palestinos, Dominic Allen, descreveu a situação em Gaza como “pior que um pesadelo”, devido à densidade da população e à falta de um local seguro para as mulheres grávidas se abrigarem durante os bombardeios.

Com a proximidade do Dia Internacional das Mulheres, Abir Abu Abadi, uma mulher de 34 anos que vive em um acampamento improvisado em Rafah, ressaltou que “não há nada para celebrar” para as mulheres de Gaza. A violência dos bombardeios tem levado à morte de milhares de mulheres na região, segundo dados da ONU Mulheres.

Diante desse cenário devastador, é urgente que a comunidade internacional e as organizações humanitárias se mobilizem para prestar assistência às gestantes e mulheres em situações vulneráveis em Gaza. A garantia de acesso a cuidados médicos adequados e alimentação suficiente para as mães e seus bebês é essencial para preservar vidas e garantir um mínimo de dignidade em meio aos conflitos.

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