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Grande São Paulo vive caos com apagão em larga escala e sem prazo para normalização da energia

Na noite do último sábado (12), os moradores da Grande São Paulo foram surpreendidos por um apagão em larga escala, que deixou ruas escuras, semáforos apagados e comércios fechados devido à falta de luz. A situação, causada por uma tempestade com ventos de mais de 100 km/h, fez com que a capital paulista relembrasse o caos vivido em novembro do ano passado, quando uma chuva deixou milhões de pessoas sem luz por vários dias.

Dessa vez, o apagão começou na noite de sexta-feira (11), após o desligamento de 17 linhas de alta tensão devido à tempestade. O resultado foi a falta de energia para cerca de 2,1 milhões de clientes inicialmente, sendo que, no dia seguinte, 1,35 milhão de consumidores ainda estavam sem luz, sendo 870 mil apenas na capital. Além disso, o abastecimento de água também foi prejudicado em algumas áreas.

A Enel, concessionária responsável pela distribuição de energia na região, não se comprometeu com um prazo para o restabelecimento total da energia. O presidente da Enel São Paulo, Guilherme Lencastre, afirmou em entrevista coletiva que não poderia dar uma previsão concreta, pois a situação ainda não estava sob controle e a empresa estava priorizando clientes críticos e as linhas de alta tensão.

Dentre os relatos dos moradores afetados pelo apagão, destacam-se casos como o do marceneiro Orlando Bind, diabético e dependente de insulina, que teve que improvisar um sistema de refrigeração para não comprometer seus medicamentos. Outros exemplos são o da mãe de trigêmeos autistas, Vanessa Ziotti, que relatou a dificuldade devido à falta de energia, e a jovem Rafaela Maurer, cujo recém-nascido teve sua rotina afetada pela falta de luz.

Além dos problemas causados pela falta de energia, os ventos fortes também causaram prejuízos, como a destruição de veículos e a queda de árvores. Os danos foram mais severos nas zonas oeste e sul da cidade, assim como em municípios vizinhos como Taboão da Serra, Cotia, São Bernardo, Santo André e Diadema.

A Enel acionou um plano de contingência com milhares de técnicos em campo, além de disponibilizar geradores para casos críticos e utilizar helicópteros para inspeção das linhas de alta tensão. Porém, a situação ainda é de incerteza para os moradores afetados, que aguardam ansiosamente pelo restabelecimento completo da energia elétrica.

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