As consequências do caos foram mais perceptíveis na Europa em comparação com a América do Norte e América Latina, levando os técnicos a identificarem que o problema teve início durante o reinício matinal das operações computadorizadas. No Reino Unido, empresas, postos de saúde, farmácias e aeroportos foram afetados, com milhares de voos cancelados e canais de TV fora do ar.
A interrupção foi desencadeada por uma atualização do sistema da empresa de segurança cibernética CrowdStrike, que provocou falhas nos sistemas da Microsoft, levando muitos computadores a ficarem sem funcionar. A solução para esse problema exigirá uma abordagem manual, conhecida como solução de “dedos nos teclados”, conforme confirmado pelo especialista em informática Kevin Beaumont.
A rotina de solução de problemas envolve reinicializar manualmente cada computador afetado, uma tarefa que pode se mostrar monumental. Empresas como a American Airlines, com mais recursos, têm conseguido resolver rapidamente os problemas decorrentes da interrupção. No entanto, em grandes organizações, o processo manual pode ser especialmente desafiador, exigindo um tempo considerável e amplas equipes de TI.
O incidente, considerado um dos maiores na história da segurança cibernética, ressalta a ironia de ter sido causado por um fornecedor de segurança cibernética. O fato de as instruções de segurança recomendarem a instalação imediata de atualizações pode ter contribuído para a ampla disseminação do problema. Apesar do impacto dessa interrupção, especialistas apontam que o ataque cibernético WannaCry de 2017 foi potencialmente mais grave, afetando centenas de milhares de computadores em todo o mundo.