Uma análise preliminar da Bramon (Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros) apontou que a bola de fogo seria resultado da reentrada na atmosfera de lixo espacial de um foguete chinês lançado em 2018. O objeto teria sido originado do Centro de Lançamento de Satélites de Xichang, na província de Sichuan. Enquanto isso, a página Astronomiaum, dedicada à astronomia no ex-Twitter, sugeriu que a bola de fogo poderia ser lixo espacial dos satélites Starlink, da SpaceX, que falharam antes de chegar à órbita da Terra.
As testemunhas oculares descreveram o fenômeno como um rastro de luz fragmentado em Serrinha, no Rio Grande do Norte, enquanto em Amargosa, na Bahia, foi descrito como lindo, porém assustador. A bola de fogo também foi vista em diversas outras cidades nordestinas, como Jati (CE), Guanambi (BA), Floresta (PE) e Vitória da Conquista (BA).
Este não é o primeiro evento desse tipo a ocorrer no Brasil. Em junho, moradores de várias cidades do interior de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás avistaram luzes brilhantes e coloridas em formato de bolas no céu. Naquela ocasião, especialistas apontaram que as luzes poderiam ser provenientes de lixo espacial ou de bólidos, que são meteoros brilhantes.
Esses eventos podem gerar questionamentos sobre a segurança e a gestão do lixo espacial, assim como a necessidade de monitoramento e estudos mais aprofundados sobre esses fenômenos. As experiências relatadas pelos moradores do Nordeste e de outras regiões do Brasil também demonstram a importância de incentivar o interesse público pela astronomia e pela compreensão dos fenômenos cósmicos.
