No entanto, a 66ª edição do Grammy mostra que a premiação ainda favorece os mesmos artistas de sempre. Taylor Swift, por exemplo, saiu com mais dois troféus para a sua extensa coleção, incluindo o prestigioso álbum do ano. Além disso, a premiação parece não estar se esforçando para diversificar os premiados, coroando os de sempre.
Billie Eilish, por exemplo, recebeu um prêmio previsível pela letra de uma das suas canções, enquanto Miley Cyrus ganhou o troféu de gravação do ano com a faixa mais tocada no mundo. E apesar de repetir sua modéstia ao receber os prêmios, Eilish já é considerada a artista pop mais relevante da sua geração.
A premiação ainda tentou mostrar maior diversidade ao laurear a colombiana Karol G com o melhor álbum de música urbana, mas a categoria pareceu deslocada em meio a tantas premiações dedicadas à música pop. O Grammy pareceu apenas querer fazer bonito ao premiar Karol G, aproveitando-se do seu sucesso meteórico para evitar críticas sobre a falta de diversidade na premiação.
A falta de reconhecimento a artistas negros ainda é uma questão a ser resolvida, com apenas alguns deles conseguindo concorrer nas categorias principais. Jay-Z fez um discurso inflamado e provocador durante a premiação, criticando a premiação e apontando a desigualdade racial no reconhecimento dos artistas.
Porém, o Grammy também teve momentos de destaque, como as homenagens a grandes nomes da música, performances marcantes de artistas como Dua Lipa e Billie Eilish, e uma apresentação dinâmica do comediante Trevor Noah. No entanto, a premiação ainda precisa avaliar a sua equidade de reconhecimento aos artistas.
