Governos de Milei e Bolsonaro são criticados por perseguição a instituições de ensino superior e tendência populista na América Latina.

Nos últimos dias, a Argentina tem sido palco de um embate político que tem chamado a atenção de diversos setores da sociedade. Segundo declarações de uma especialista, governantes como o polêmico Milei têm adotado medidas que tendem à disciplina e à censura dos centros de pensamento. No entanto, o atual executivo argentino tem se destacado por adotar posturas consideradas exageradas e desnecessárias em sua gestão pública.

De acordo com essa mesma fonte, Milei se diferencia dos discursos comuns na América Latina que lutam contra o chamado “marxismo cultural”. Sua presença ao lado de líderes como Bukele e Bolsonaro o coloca em uma posição de destaque, onde ele se mostra ainda mais radical. A luta de Milei não se restringe apenas a questões ideológicas, mas vai além, buscando se posicionar de forma digital através do desprezo por manifestações culturais sérias. O presidente argentino, por sua vez, é descrito como alguém que busca se tornar uma estrela nas redes sociais, sendo comparado de forma pejorativa com Bukele.

Esses embates políticos na Argentina lembram, de certa forma, o que aconteceu no Brasil, onde instituições de ensino superior público também foram alvo de perseguição por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro. A USP, a Unesp e outras universidades renomadas foram acusadas de serem centros de esquerda e de promoverem ideais comunistas, o que gerou um clima de hostilidade com o governo.

Para entender melhor esse fenômeno, entrevistei o cientista político Paolo Ricci, que destacou a tendência de políticos populistas em contrapor o povo à elite, utilizando discursos emotivos e simplificados para ganhar apoio. Ricci ressaltou a características autoritárias de governantes como Milei e Bolsonaro, que se apresentam como os únicos representantes do povo, deslegitimando qualquer oposição.

Dessa forma, a polarização política e o populismo autoritário têm marcado a cena política não só na Argentina, mas em outros países da América Latina, refletindo um cenário de radicalização e confronto ideológico. É importante estar atento a esses movimentos e buscar compreender as suas implicações para a sociedade como um todo.

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