Governo venezuelano enfrenta pressões por aumento salarial indexado ao dólar e anuncia aumento nos auxílios sociais em meio à estabilização do câmbio.

Nesta segunda-feira, o presidente venezuelano anunciou um aumento nos auxílios oferecidos pelo governo aos venezuelanos em meio ao quadro inflacionário e às pressões por um aumento de salário real indexado ao dólar. O vale alimentação continuará em 40 dólares e o chamado “bônus de guerra econômica” foi a 60 dólares, totalizando US$ 100. Estes valores serão indexados à moeda estadunidense e serão pagos além dos salários.

O Executivo tem sido cauteloso em relação à questão da liquidez e teme uma nova disparada cambial. O último aumento do salário mínimo ocorreu em 2022, e desde então, o valor de 130 bolívares hoje está em cerca de 3 dólares.

O presidente Maduro também aproveitou para destacar o suposto desmonte de quatro tentativas de golpes de Estado contra seu governo, planejadas em Miami e na Colômbia ao longo de 2023. Ele afirmou que entregará ao presidente do Legislativo um relatório completo e os materiais de desmontagem das conspirações.

Além disso, Maduro reafirmou o desejo da Venezuela de entrar no Brics e classificou o grupo como “uma aliança vital”. Ele afirmou que a Venezuela foi convidada para a cúpula do Brics na Rússia e tem a aspiração de entrar no grupo em 2024. O presidente também condenou os ataques de Israel na Faixa de Gaza, pedindo o cessar-fogo e o fim dos assassinatos na região.

O aumento nos auxílios oferecidos pelo governo venezuelano reflete as medidas tomadas em meio à situação inflacionária no país e as pressões por um aumento de salário real indexado ao dólar. Essas medidas visam proporcionar apoio financeiro adicional à população em meio às dificuldades econômicas enfrentadas.

Além disso, as declarações do presidente Maduro em relação às tentativas de golpe de Estado e à aspiração da Venezuela de entrar no Brics ilustram a postura política do governo e suas ambições em relação a alianças internacionais. Por fim, a condenação dos ataques de Israel na Faixa de Gaza ressalta o posicionamento da Venezuela em relação a questões geopolíticas e de direitos humanos.

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