Governo Lula é acusado de permitir intervenção do MST e CUT no Plano Nacional de Educação 2024-2033 pela Frente Parlamentar Agro

Parlamentares da Frente Parlamentar Agro (FPA) acusam o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de permitir que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) interferissem na elaboração do Plano Nacional de Educação (PNE) 2024-2023. Segundo os membros desta frente, algumas questões presentes no plano educacional foram definidas pelo governo em parceria com essas entidades.

O presidente da FPA, o deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), afirmou que irá continuar combatendo as “imposições ideológicas do governo em relação à educação do país.” Ele proferiu tal declaração logo após uma reunião do grupo para debater o Plano de Educação, que está previsto para ser discutido pelo governo com as entidades em janeiro.

A Frente Parlamentar Agro decidiu expressar apoio ao homeschooling (ensino em casa), às escolas cívico-militares e à visibilidade do setor agropecuário. Além disso, a FPA também endossou o projeto “De Olho no Material Escolar”, uma iniciativa criada em 2020 por pais de alunos que detectaram distorções nos conteúdos dos livros didáticos. A idealizadora do projeto, Letícia Jacintho, alegou que o conteúdo está enviesado, uma vez que aborda apenas um lado do pensamento.

“A parte ambiental, o MST tomou conta e o agro não está envolvido para falar da tecnologia e do profissionalismo que rege o setor”, disse Jacintho. “Estamos trabalhando próximo aos parlamentares e solicitamos uma audiência com o ministro da Educação. É necessário incluir a ciência e a critério técnico no plano.”

O Plano Nacional de Educação, aprovado pela Lei nº 13.005/2014, tem como objetivo coordenar os esforços nacionais para universalizar a oferta da etapa escolar obrigatória, elevar o nível de escolaridade da população e melhorar a qualidade da educação básica e superior. O PNE tem vigência de dez anos.

As acusações da FPA sinalizam uma crescente tensão no cenário político em relação à educação no Brasil, com diferentes visões e interesses influenciando a formulação das políticas educacionais. A expectativa é de que o diálogo entre o governo e as entidades envolvidas possa trazer consensos e soluções para os desafios educacionais do país.

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