Repórter São Paulo – SP – Brasil

Governo interino suspende serviços de telefonia móvel no Paquistão em meio à onda de violência durante eleições gerais

No dia de suas eleições gerais, o Paquistão enfrentou uma onda de violência, levando o governo interino a suspender os serviços de telefonia móvel, gerando críticas e acusações de violação dos direitos dos eleitores. A medida foi justificada pelo Ministério do Interior como necessária para manter a lei e a ordem, após atentados terroristas que mataram 26 pessoas e a violência que resultou em cinco mortes durante as eleições.

A situação no país era tensa, com soldados deslocados para garantir a segurança nas seções eleitorais e o fechamento temporário das fronteiras com o Irã e o Afeganistão. Áreas tribais porosas eram alvo de grupos militantes islâmicos, gerando temores de tensões provenientes do Oriente Médio. Apesar do clima tenso e da violência, os jornalistas relataram longas filas de eleitores em todo o país, evidenciando a determinação do povo paquistanês em exercer seu direito de voto.
Os líderes da oposição criticaram o corte na telefonia, argumentando que a população precisava se manter informada e ter acesso a serviços de localização para encontrar suas seções de votação. Na cadeia, o ex-premiê Imran Khan pediu que seus apoiadores compartilhassem as senhas do Wi-Fi de suas casas para que todos os eleitores tivessem acesso à internet.

Nawaz Sharif, favorito para levar a maioria das cadeiras, descartou qualquer possibilidade de governo de coalizão, enfatizando a importância de uma maioria clara no governo. Além das cadeiras no Parlamento, também estavam em jogo vagas nas assembleias legislativas locais, com um total de 128,5 milhões de pessoas aptas a votar.

O Paquistão enfrentava também uma grave crise econômica, tendo recorrido a um pacote de ajuda do Fundo Monetário Internacional, e a instabilidade social e a violência de grupos armados, em sua maioria de caráter fundamentalista islâmico, continuavam sendo desafios significativos para o país, que é a única potência nuclear muçulmana do planeta.

Apesar das dificuldades, a determinação do povo paquistanês em exercer o seu direito democrático de voto era evidente, demonstrando uma crença inabalável na importância do processo eleitoral e na superação das adversidades para moldar o futuro do país.

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