Os técnicos das universidades e institutos federais estão em greve desde março, enquanto os professores do ensino superior aprovaram um indicativo de greve a partir desta segunda-feira. As negociações entre o governo e os servidores foram retomadas recentemente, após uma proposta de reajuste de 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026 ser recusada pelos servidores.
Dweck explicou que o governo já havia concedido um reajuste linear de 9% a todas as categorias de servidores em 2023, o que impacta o orçamento de 2024. No entanto, uma nova proposta será feita nos próximos 15 dias, com a expectativa de oferecer um reajuste acima da inflação ao longo do mandato.
O presidente Lula deve se reunir com dirigentes da Andifes para debater o tema, demonstrando preocupação com a situação e defendendo o direito de greve. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que o governo elaborou três cenários para gastos com a reestruturação das carreiras, que não preveem reajuste linear para os servidores.
A proposta apresentada aos servidores inclui um reajuste de cerca de 51% nos benefícios, com efeitos financeiros a partir de maio. O auxílio-alimentação, auxílio-creche e auxílio-saúde terão aumentos significativos, refletindo a tentativa do governo de atender às demandas dos servidores.
Dweck ressaltou que a negociação com os professores está mais avançada do que com os técnicos, destacando a necessidade de uma reestruturação mais forte nesta área. O governo espera chegar a um acordo que compense as perdas salariais dos servidores nos últimos anos e garanta um aumento real ao longo do mandato.